sexta-feira, 20 de maio de 2011

Inversão de Valores

Será que só eu estou sentindo uma Inversão nos Valores da sociedade brasileira?

Conviver com governos corruptos sempre foi difícil de aceitar mas, como parece uma praxe quase que mundial, a gente acaba se acostumando por falta de opção melhor.
Ver todos os dias a miséria aumentando e as pessoas de bem achando que não estão fazendo tudo o que podem, enquanto os políticos eleitos para isso seguem viajando e ganhando fortunas sem acharem que devem qualquer explicação de suas despesas e receitas, também já beira a normalidade.
Acreditar que um governo, algum dia, vá fazer algo de bom pela saúde ou pela educação é um sonho de qualquer cidadão, mas parece que está virando utopia.

Eu realmente não sou racista nem preconceituoso, como diz uma amiga minha, sou "conceituoso". Só falo, bem ou mal, daquilo que já vi ou ouvi direto da fonte. Ouço muito e vejo muito, porque presto bastante atenção, sempre fiz assim, é como eu aprendo quase tudo na minha vida.

Penso que fazer as coisas direito não é uma opção, é uma obrigação. É o "fazer correto" que nos dá o direito de reclamar do mal feito ou exigir reparação. Quem faz de qualquer jeito não pode esperar receber mais do que entrega. Criei meus filhos assim e não posso aceitar menos.

Agora estão surgindo algumas novidades, especialmente na educação, que nem deveríamos comentar, mas são novidades oficiais!
O MEC (Ministério da Educação e Cultura) divulgou uma série de vídeos educativos, compilando com imagem e som o "novo modo" de entender as coisas. Entre as coisas, encontram-se a Língua Portuguesa, a  Geografia e a Educação Sexual.

Quem assistiu ou leu "1984" de George Orwell, deve certamente lembrar da Novilíngua, um idioma proposto pelo governo, onde as palavras indesejadas (que representavam conceitos inadequados) eram excluídas dos dicionários ou tinham seu significado substituído por algo mais apropriado.

Os linguistas de agora estão aceitando os erros de gramática e ortografia, especialmente os de concordância, como "coloquialidades". Nunca vi ninguém repreender alunos pelo uso de linguagem coloquial, mas quando um professor de matemática sai com um "menas" ou "seje", a correção vem imediatamente, porque erro não é coloquial, é erro. É como se a pessoa atravessasse a rua fora da faixa: se a rua estiver vazia, sem carros, é uma coloquialidade, mas com carros, é um erro.

Já haviam feito no MEC alguns ajustes conceituais em História, mas isso é muito discutível, uma vez que História é interpretativa, depende um pouco do ponto-de-vista de quem conta.

Os vídeos de Educação Sexual e da campanha contra a Homofobia conseguiram o mais incrível, são bizarros!

Eu tenho 45 anos e, certamente, já tive colegas com tendência homossexual, assim como colegas com tendência à prostituição, outros com tendências violentas, também uns com baixa autoestima, vários tipos.

Nunca se precisou dizer ou mostrar a qualquer colega como proceder quando um desses estava "gostando" de alguém ou era mais amigo de um ou outro. A idéia sempre foi muito simples: colégio é para estudar.
Namoro era coisa séria, Noivado mais ainda e Casamento até durava!

Se alguém era ou não Homossexual, nunca foi problema escolar, já que sexo e escola não tem qualquer relação. Educação Sexual é ensinar como acontece, o que se deve fazer e o que se deve evitar. Com quem ou que orientação sexual tem, é assunto para quem fizer, quando acontecer, certamente fora da escola.

Gastar dinheiro público para produzir vídeos que induzem claramente a "naturalidade" com que se deve receber a idéia da liberdade sexual e até da pluralidade, é uma séria distorção da realidade.

O mesmo governo que não aceita a intromissão do povo na sua forma de gastar, roubar ou desviar verbas, se atreve a julgar e decidir como devemos proceder em nossos lares, se palmadas são ou não válidas (acho que não são mesmo, mas do jeito que educo), se meus filhos podem ou não ter vontade de beijar seus amigos ou amigas. Até a estatística virou alvo dessa lógica: quem é BISSEXUAL tem 50% a mais de chance de ter amigos legais!! Quanta obviedade! Também tem 50% a mais de chances de contrair uma DST, né?

O Ministério da Saúde adverte: assistir vídeos do MEC pode distorcer a sua compreensão da realidade.